Quando falamos de moda, falamos de arte, a arte de sentir um movimento e expressar por meio do vestir. No caso da Aluf, suas peças são a mais pura arte, tecidos fluídos que dançam no ritmo da música. Por falar em música, a trilha sonora do desfile foi responsabilidade da Orquestra Sinfônica Heliópolis, onde as notas se difundiam com o caminhar das modelos, trazendo um ambiente emocionante a aqueles que assistiam.
A coleção de Ana Luisa Fernandes transmite leveza, ao mesmo tempo que transmite poder, com modelagens maximalistas, flores 3D, texturas diferenciadas e muitos tecidos fluídos se mesclando com os looks estruturados, grandes mangas bufantes e saias volumosas. O look de chiffon, desfilado pela bailarina Grécia Catarina, é como um suspiro, como a brisa do entardecer batendo em nossos rostos e transmitindo paz. A paleta de cores tinham como cores dominantes os tons de off white e creme, transitando pelos tons de marrom, azul claro, preto e alguns detalhes em dourado, trazendo referência a estética do período barroco.

A cabeça ganhou foco em muitas modelos, com lenços e chapéus maximalistas, compondo perfeitamente cada look em sua mais pura essência. Para as bolsas e calçados, Aluf se uniu a Escudero, ambas marcas dirigidas por mulheres, com os mesmos valores e ideologias, priorizando acima de tudo a matéria-prima brasileira.

A volta da Aluf para o calendário oficial do SPFW foi realmente histórica, destacando a sensibilidade da estilista ao convidar sua equipe para receber os aplausos do público ao final do desfile, e proporcionar um ambiente tão fascinante ao juntar música, dança, literatura e moda em apenas 30 minutos de desfile. A prosopopéia de Aluf realmente vai ficar na memória dos amantes da moda e arte por longos anos e ser inspiração para a nova geração que está por vir.


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